23 de mai. de 2011

Mas, honestamente...

-Nunca entendi porque certas pessoas vivem pelos outros. Covardia e prepotência querer dar pitaco no que o outro escolheu para si.

-Acho esquisito pessoas tentando parecer o que não são. Essência não se inventa, se tem. Auto-afirmação é triste.

-Tenho predileção por gente simples. São mais fáceis de entender e afinidade vem fácil.Têm um mistério natural, que faz querer ficar sempre perto, uma abertura tranquila, menos desgate.
Tudo bem que pessoas elaboradas podem ser bem interessantes, mas só o fato delas se complicarem para "ser", isso já me desinteressa.

-Não tem coisa mais bonita do que sentimentos espontâneos. Daqueles que doem a garganta para falar, porque não teve ensaio. Sobre aquelas coisas que quem se ama têm, mais importantes do que aquelas que lhes faltam. Pela diferença e influência de certas pessoas na vida, que atuam nos bastidores e têm tamanho mérito no gran final. Gratidão é uma coisa nobre.

12 de mai. de 2011

Let there be rock

Deixe que lá tenha as coisas que você precisa para viver, ou pelo menos acha que precisa.

Ninguém pode se divertir tanto quanto amigos mal intencionados quando se reúnem. Deixe que tenha amizade.
Que tenha aquela vontade de pegar o telefone e ligar para quem não se vê mas se quer bem.
Deixa que tenha saudade e, quando ela bater revide com um banho quente, uma bebida bem forte, muitas outras razões para comemorar.

Deixe que o tenha silêncio.

Mas não se esqueça de deixar ter aquilo que é proibido e indiscutivelmente melhor, força e atração.

Deixe que tenha todos os tipos de assunto: de Zeitgeist à moda, passando pela situação na África e seus casos de quando era criança.
Que tenha curiosidade misturada com loucura.

Deixe que tenha educação e consideração, mas deixe que tenha autenticidade e diplomacia calculada.

Deixe que tenha música, que na verdade é matemática poética, melodia, harmonia, compasso e voz.
Deixe que Jim Morisson resmungue, deixe se perder em uns acordes de Roger Waters.
Assobie as gaitas de Jethro Tull, leve Bob Dylan na mala.
Deixe que John Lennon cante seus medos, que Paul console Jude, que os Strokes dêem mais vida para a estrada.
Deixe suas lágrimas com Foo Fighters, Radiohead se preferir.

Feche os olhos para The Pixies, deixe Incubus fazer massagem no seus pensamentos.
Deixe o Metalica estourar suas preocupações ou praticamente te ninar com "One". Deixe o Led Zeppeling entrar pela janela, de tarde, no frio.

Misture e selecione. O rock pode ser uma terapia alternativa traduzida na vida de várias pessoas,simultaneamente, sem que elas saibam.

Let there be love, diria Oasis;

e

Let there be sound, lights, drums, guitar, diria AC/DC.

Let there be rock.

20 de mar. de 2011

Minha amada publicidade

Bem vindo ao fantástico mundo publicitário. Bem vindo ou bem vinda. O gênero é indiferente, também pouco importa se você é mais "experiente" ou está na flor da idade. Se você é bonito ou não - beleza de vem em quando põe mesa,mas isso aqui não faz tanta diferença a não ser que você queira SER a propaganda ou referência de senso estético- o mundo da publicidade está sempre aberto.
Povoado por pessoas que saíram da escola tendo certeza que matemática é a
última coisa com o que querem lidar na vida, elas habitam em densidades variáveis um mundo tão grande e fértil,tão amplo e possível que o susto e desnorteio são quase pré-requisitos.

Somos uma indústria de sonhos. De desperdício produtivo, de almas sintonizadas. Somos um campo um tanto quanto receptivo, recheados de outras diversas áreas levemente interligadas que tropeçaram nas suas primeiras escolhas e resolveram dar chance a um talento incompreendido e adormecido dentro de si. Acolhemos bem designers, jornalistas, executivos, músicos, poetas, professores, loucos por opção, artistas por consequência. Porque publicidade é arte,e aprende-se por tentativa e erro. Ou por tentativa e acerto, por insistência, quem sabe sacadas únicas. Uma ferramenta de busca que norteia toda a internet como o Google, uma rede social multifacetada, simultânea e interativa como o Facebook, blogs de moda, maquiagem, política e economia que rendem milhões em valor de mercado.

Isso me lembra que publicidade mergulha em uma gestão crescente, mostrando que a matemática aparece sim,com certo charme. É uma mídia que calcula os custos de uma veiculação eficaz, estatísticas de pesquisas de consumo e o prazer de uma conta milhonária. Muita gente tem que trabalhar para que o perfil do cliente seja traçado, mapeado, entendido, para que cada um se encontre na campanha e simplesmente tenha a sensação de que foi "criada pelo próprio produto" e destinada especialmente "à você". Campanhas que arrepiam ou dão nó na garganta, não têm preço. O ser humano é movido pela emoção, por isso anunciamos sentimentos.

O mecanismo de identificação é a tradução pura da mentalidade criativa. O foco maior é ter intimidade com quem opta por ter o produto, quem usufrui dele, repete a compra, dá o feedback da marca. Apelo de um sistema de valores, dentro de um mundo vendido e etiquetado.
Um Marketing sensacionalmente experiencial,que ajuda a satisfazer as pequenas indulgências que todos queremos compensar. Uma ideia de mix, na maioria das vezes explorando o custo-benefício e o valer a pena, onde não só usamos ou possuímos, mas vivemos os produtos.

Vive-se os nomes e as histórias daquilo que há por trás de um jeans Levis, um café no Starbucks, um parque da Disney, uma moto da Harley Davidson. Uma esfera simbólica de prazer estético, auto-recompensa, conexão com a personalidade, no teor mais alto de iconografia. Publicidade é imagem mas é a comoção que mexe por dentro, é a escrita, mas é o contexto, é a razão, é a sensibilidade, e, por isso, fantástica.

12 de mar. de 2011

''Eu começo pelo que tá me incomodando internamente.É uma necessidade de expressão.
Eu escrevo para tentar me compreender, é uma coisa até meio egoísta...
depois eu compartilho com os outros."

- Martha Medeiros

11 de mar. de 2011

no home for nomades

Sentir-se dentro de si, dentro de casa, dentro do seus pensamentos e das vozes da cabeça.
Querer internalizar qualquer coisa que seja silêncio, descompassado, vazio e de grande força.

Encontro minha casa todo dia no que faço.
Encontro conforto, meia, chocolate quente, encontro certeza, pausa do livro,me pego pensando no meio do vento frio na greta da janela que lá fora se confunde com o cheiro úmido.

Gosto de ser nômade para ir, mas caseira o suficiente para voltar. Para sair de dentro de mim várias vezes por dia, imaginando o que vou fazer no mundo lá fora. Para retornar tantas outras vezes e suspirar e saber que meu maior abrigo é do lado de dentro.

15 de jul. de 2009

Só quando der vontade.

Atemporal,desobrigado e sem nenhuma rigidez.
Uma proposta livre para pequenas traduções da alma...